LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

El País, fala que empresas brasileiras estão indo para o Paraguai para se tornar mais competitivas



El País, fala que empresas brasileiras estão indo para o Paraguai para se tornar mais competitivas 


Mais de 40 empresas desembarcaram no país vizinho atraídos pelos baixos custos e isenções fiscais


Jornal do Brasil


Em matéria para jornal El País, de Madri, a jornalista Heloísa Mendonça conta que diferentes empresas brasileiras de diferentes setores estão cruzando a fronteira e abrindo filiais no Paraguai, em busca de mão de obra mais barata e menos impostos. País vizinho do Brasil, que hoje é um dos que mais cresce na região, o PIB paraguaio vai aumentar em 4% este ano, tornou-se um parceiro estratégico para empresas que buscam reduzir os custos de produção, neste momento de crise. A principal atração para os brasileiros é a Lei de Maquila, criada ha mais de 15 anos. Inspirada no modelo mexicano, a lei prevê isenções fiscais para as empresas estrangeiras que importam máquinas e matérias-primas, desde que o produto final seja exportado.


O jornal de Madri fala que mais de 40 empresas brasileiras (desde têxteis até fábricas de plástico) já adotaram esta abordagem, incentivados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), que no mês passado trouxe mais de 90 empresários de 79 empresas para o Paraguai, para que eles soubessem das oportunidades de negócios no país. Durante três dias, a delegação brasileira, acompanhada do ministro do Comércio Exterior, Armando Monteiro Neto, vai participar de seminários e encontrar-se com o presidente paraguaio, Horacio Cartes.


"A missão tem como objetivo mostrar um ambiente favorável aos negócios no Paraguai. Nós não queremos que as empresas fechem suas portas no Brasil, mas que se tornem mais fortes e competitivas, integrando cadeias internacionais de produção ", diz Sarah Saldanha, diretora de Serviços de Internacionalização da CNI.


"A demanda é tão grande que não se aconselha para todos os interessados. Parte da demanda é para a crise no Brasil, mas também pelo mercado muito competitivo. As empresas que competem com os que já foram, começam a perceber que eles precisam internacionalizar a marca ", explica Wagner Weber, diretor do Centro Empresarial Brasil-Paraguai (Braspar), que aconselha os empregadores nas negociações.


A matéria de Heloísa Noronha ressalta que a eletricidade abundante devido à Usina de Itaipu, faz com que o custo da eletricidade seja 50% mais cara no Brasil. "No Paraguai, a conta de eletricidade é quase três vezes mais barata", diz Rafael Buddemeyer, diretor comercial da fabricante de toalhas Buddemeyer. A empresa, uma subsidiária no país vizinho por 15 anos, planeja expandir a produção no Paraguai. "O que vemos não é uma referência para a diferença de salário básico, mas o imposto cobrado pelo Estado. Paraguai não faz milagres, é o Brasil que abusa de impostos ", disse ele. No Paraguai, o imposto de renda e imposto de valor acrescentado (IVA) são em torno de 10%, enquanto no Brasil as empresas pagam 25% da primeira, e três outros impostos, que em conjunto representam mais de 25%.


http://www.jb.com.br/economia/noticias/2015/10/06/el-pais-fala-que-empresas-brasileiras-estao-indo-para-o-paraguai-para-se-tornar-mais-competitivas/

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