LEGISLAÇÃO

segunda-feira, 29 de junho de 2015

Greve da Suframa acumula R$ 450 milhões em produtos parados, no AM



Greve da Suframa acumula R$ 450 milhões em produtos parados, no AM


Paralisação da categoria dura mais de um mês.
Servidores contestam veto realizado pela presidente Dilma Rousseff.



Diego ToledanoDo G1 AM



Paralisação dura mais de um m~es (Foto: Suelen Gonçalves/G1 AM)

Mais de um mês após o início da paralisação dos servidores da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), as mercadorias e insumos retidos por falta de liberação do órgão representam mais de R$ 450 milhões 'parados'. O Centro de Indústrias do Amazonas (Cieam) afirma que a situação causa transtornos às industrias e gera riscos na manutenção de empregos. Os servidores protestam contra o veto do Governo Federal para a medida que reavaliaria o plano de cargos e carreiras dos servidores.
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Os R$ 450 milhõs equivalem a cerca de 30 mil toneladas de mercadorias retidas.

Ao G1, o presidente do Cieam, Wilson Périco, afirmou que a greve preocura o setor industriário.

"Somos solidários ao movimento dos servidores da Suframa. Ainda assim, a indústria tem recebido essa paralisação com muita preocupação. São mais de US$ 150 milhões, o que resulta em cerca de R$ 450 milhões", contou.

Segundo ele, a população manauara já começou a sentir os prejuízos diretos da greve da Suframa. Produtos domésiticos e do dia-a-dia são os principais afetados. "São itens encontrados em super mercados, como a cebola - que está em falta ou atrasando para chegar ao consumidor", explicou.

Périco comentou ainda que, embora o Cieam entenda os motivos que levaram os servidores da Suframa a paralisar as atividades, o movimento atinge todos os setores.

"As indústrias já têm suas produções afetadas por conta da falta de insumos, e isso traz prejuízos para todo mundo - inclusive para as arrecadações do estadual e federal. Além disso, temos que lembrar os empregos que estão em risco", enumerou.

Com o crescimento dos prejúizos e o consumidor sem aluns produtos nas prateleiras, a greve permanece "forte", segundo o presidente do Sindicato de Servidores da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior. Em entrevista ao G1, ele contou que a categoria não recebeu resposta do Ministério do Planejamento.

"Tentamos fazer contato com o Governo Federal toda semana. Tínhamos uma reunião marcada com o Ministério na segunda quinzena deste mês, mas ainda não fomos contactados para uma data definida. Falei com eles recentemente e a única resposta que tivemos dizia para que nós esperássemos o contato", contou.

A greve
A categoria anunciou a greve como protesto ao veto da presidente Dilma Rousseff em relação à medida provisória 660, que determina a reestruturação do plano de cargos e carreiras. A mobilização acontece em todos os cinco estados e 14 unidades em que a Suframa atua. A paralisação conta com aproximadamente 95% de adesão.

Mais de duas semanas após o início da paralisação, a categoria permanece sem respostas do Governo Federal. Segundo o presidente do Sindicato dos Servidores da Suframa (Sindframa), Anderson Belchior, houve uma reunião com o Ministério do Planejamento no dia 26 de maio.

"Não recebemos uma resposta definida - seja ela positiva ou negativa. Esperamos agora pelo dia 11 de maio, quando irá acontecer audiência no Congresso Nacional para discutir o veto", disse.

http://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2015/06/greve-da-suframa-acumula-r-450-milhoes-em-produtos-parados-no-am.html

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