LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 1 de junho de 2016




PORTO DO RIO GRANDE MOVIMENTA MAIS DE UM MILHÃO DE TONELADAS DE SOJA POR MÊS





A soja movimentada no Porto do Rio Grande, basicamente, é de origem gaúcha das mais diversas regiões produtoras. Cerca de 90% do que é produzido no Estado, com destino à exportação, acaba passando pelo complexo portuário local. O principal destino é a China. Em 2015, por exemplo, o Porto exportou mais de 14 milhões de toneladas de soja, deste volume, mais de 10 milhões de toneladas foram encaminhadas para o país asiático.

Organização

A Superintendência do Porto do Rio Grande (Suprg) começa a organizar o processo da safra, sempre, quando um ciclo é encerrado. De acordo com o diretor-superintendente do Porto, Janir Branco, o planejamento da safra de soja é realizado, pensando no período de abril a setembro, quando a movimentação ultrapassa a marca de um milhão de toneladas do item soja em grão, por mês. O complexo soja trabalhado no porto, segundo Janir, representa o óleo, o farelo e o grão.

“Fizemos uma avaliação da safra 2015, vimos os gargalos, que ocorreram ano passado, para melhorarmos o que vem ocorrendo em 2016. Desde o início do ano, a Diretoria Técnica, que é a responsável direta pela organização do Plano Safra, vem realizando reuniões com cada componente envolvido. Além disso, realizamos reuniões com todos os protagonistas de forma conjunta e, também, apresentamos as ações ao Conselho de Autoridade Portuária. Em 2015, ultrapassamos a marca de 14 milhões de toneladas. A nossa expectativa, baseado em informações que chegam da zona produtora, é de ultrapassarmos o que obtivemos no último ano”, informou Janir

Logística

Questionado sobre a logística para receber tanto volume, Janir informou que, através do Plano Safra, é possível visualizar os principais gargalos e atuar com antecipação, para que os impactos da movimentação sejam os menores possíveis. “Os terminais ano a ano buscam alternativas para diminuir os entraves, e a Superintendência tem trabalhado, fortemente, para que todo o complexo esteja organizado e trabalhando, de forma conjunta, para evitar situações que possam causar transtorno para a operação e para a sociedade. O agendamento eletrônico de descarga, implantado pela maior parte do complexo, tem se tornado um forte aliado, para garantir a organização e evitar filas e transtornos”, disse o superintendente.

Com relação aos caminhões que costumam se aglomerar na estrada da Barra no período, Janir afirmou que os primeiros quilômetros da BR-392 estão inseridos dentro do contexto portuário, por ser a via de acesso aos terminais. “O agendamento eletrônico, como mencionado, já atua para diminuir as filas que antes eram formadas em cima da rodovia. Situações como essa já ocorrem em bem menos quantidade do que em anos anteriores. Além disso, a Suprg distribui, nas praças de pedágio, um informativo que indica ao caminhoneiro como chegar, da melhor forma, ao pátio que ele precisa estar”, explicou. Segundo Branco, são mais de 1,7 mil vagas em pátios de estacionamento, sem considerar o do Sindicam, que fazem parte da estrutura montada pelos terminais, para evitar que os caminhões fiquem aglomerados em suas portarias e na estrada.

Desafio

Branco afirmou que o principal desafio para o período da safra é conciliar as necessidades da operação com as necessidades sociais. “Entendemos que a rodovia é de uso da sociedade e precisamos pensar em como manter o desenvolvimento e a agilidade do complexo, sem causar transtorno social. Além do agendamento, também mantemos constantes conversas com a empresa Rumo ALL, responsável pelo modal ferroviário, para evitar as manobras em cima da rodovia nos horários de pico. Lidamos com uma via simples, com grande volume de caminhões, ônibus e veículos civis e, por isso, é importante que todos os protagonistas da operação da soja trabalhem em sintonia, para evitar os mais diversos tipos de transtornos”, informou o superintendente.

Outras cargas

Apesar de todo o volume de soja, outras cargas também se destacam em movimentações no Porto, que está, diretamente, ligado à cadeia agrícola do Estado do Rio Grande do Sul. Os principais segmentos de produtos fazem parte dessa atividade que, para o superintendente, é o motor de desenvolvimento do nosso Estado. “Temos uma vasta movimentação de granéis, dos mais variados produtos. O arroz, por exemplo, no primeiro quadrimestre do ano, teve crescimento de mais de 40% quando comparado ao ano passado. São mais de 600 mil toneladas movimentadas. Outros grãos também fazem parte de nossa rotina, como o milho que já movimentou mais de 240 mil toneladas e o trigo que soma mais de 300 mil toneladas. Tudo isso voltado para a exportação. Além dos grãos in natura, também trabalhamos com produtos de valor agregado como a celulose, por exemplo, que já totaliza mais de 900 mil toneladas”, contou

Sobre a movimentação em importação, Janir afirmou o seguinte: “Estando o porto voltado à cadeia agrícola, nossas principais importações têm o campo como destino final. Os insumos para fertilizantes são os principais produtos que chegam ao porto, dos mais variados compostos como: ureia, polietileno e cloreto de potássio. Em 2015, o país, que mais enviou produtos nesse segmento de carga, foi a Rússia”, finalizou.

Fonte: Jornal Agora (RS)/Tatiane Fernandes

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