LEGISLAÇÃO

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

CNI lança Agenda Internacional com propostas para ampliar comércio exterior





CNI lança Agenda Internacional com propostas para ampliar comércio exterior


Documento, elaborado pela primeira vez pela entidade, aponta ações urgentes para impulsionar exportações. Acordos internacionais, financiamento e mudanças no Mercosul estão no documento


O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, apresentou as prioridades da indústria para o comércio exterior ao ministro da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, Marcos Pereira, e ao secretário-executivo do Ministério das Relações Exteriores, Marcos Galvão, nesta segunda-feira (20). Eles participam do encontro daCoalização Empresarial Brasileira (CEB), que completa 20 anos, na sede da CNI, em Brasília. É a primeira vez que a CNI elabora um documento específico para ampliar a inserção internacional das empresas brasileiras.

“O comércio exterior deve fazer parte de uma agenda estratégica e permanente para o aumento da competitividade do país. Se essa atividade já é importante para estimular o crescimento em períodos de normalidade da economia, ela se torna ainda maior em tempos de restrições no mercado interno, como o que estamos vivendo atualmente”, disse Robson Braga de Andrade.

As negociações comerciais são parte importante da agenda da CNI, que, nos últimos anos, tem defendido o aumento da rede brasileira de acordos bilaterais de comércio. O Brasil tem ficado à margem dos grandes acordos de integração internacional. Atualmente, os acordos brasileiros com outros países representam menos de 8% do comércio global, enquanto os Estados Unidos atingem 30%; a União Europeia, 45%, e o México, 57%.

Para a CNI, permanecer fora dessa rede de acordos impõe às empresas brasileiras custos mais altos para exportar e menor segurança jurídica, além de obrigar os empresários a lidar com regras menos favoráveis para vender, comprar, investir e receber investimentos estrangeiros.





“O comércio exterior deve fazer parte de uma agenda estratégica e permanente para o aumento da competitividade do país" - Robson Braga de AndradeSEGURANÇA JURÍDICA – Para alavancar o comércio exterior, a Agenda Internacional da Indústria 2016 reúne as principais ações para os próximos meses, com propostas de política pública para acordos comerciais, investimentos brasileiros no exterior, facilitação e desburocratização do comércio exterior, barreiras tarifárias e não-tarifárias, tributação no comércio exterior, financiamento e garantias às exportações, defesa comercial e mecanismos para mercados prioritários. Também trata da agenda de missões e mecanismos para atração de investimentos.

“Construímos a Agenda Internacional com as federações das indústrias, associações setoriais e empresas exportadoras. Assim conseguimos reunir as prioridades de atuação da CNI na promoção da inserção internacional das empresas brasileiras. A agenda considera dois eixos de atuação: o da influência sobre políticas comerciais e o de serviços de apoio à internacionalização das empresas”, explicou o presidente Robson Braga de Andrade.




Medidas mais importantes

ACORDOS COMERCIAIS: Incluir os acordos comerciais como parte central da estratégia comercial do Brasil. No curto prazo, privilegiar União Europeia e México;

INVESTIMENTOS: Adotar políticas para facilitar os investimentos brasileiros no exterior, com mudança da lei de expatriados e acordos de dupla tributação. Investir fora aumenta exportações e fortalece o Brasil;

TRIBUTAÇÃO: Desonerar serviços nas exportações. Serviços são insumos cada vez mais importantes para a indústria e a redução da carga tributária sobre exportações fomentaria as vendas para o exterior;

REMOÇÃO DE BARREIRAS COMERCIAIS: Levantar as barreiras comerciais e aos investimentos nos mercados da China, dos Estados Unidos e da União Europeia;

DESBUROCRATIZAÇÃO DO COMÉRCIO EXTERIOR: Aumentar a segurança jurídica e reduzir os tempos de decisões com varas especializadas em comércio exterior no Judiciário brasileiro;

PROMOÇÃO DE NEGÓCIOS: Priorizar mercados em crescimento, como Estados Unidos. Atuar em mercados como Argentina para promover investimentos, dada as mudanças políticas no país;

ATRAÇÃO DE INVESTIMENTOS: Com atuação em rede junto aos estados brasileiros, definir setores prioritários para atrair investimentos e trazer potenciais investidores.


Download de Arquivos
http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2016/06/20/11240/AgendaInternacional2016_web_201605.pdf


http://www.portaldaindustria.com.br/cni/imprensa/2016/06/1,90405/cni-lanca-agenda-internacional-com-propostas-para-ampliar-comercio-exterior.html

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